Os cuidados com a visão, assim como todos os outros cuidados com a saúde, devem começar desde cedo, na infância. Isso porque, é nesta fase que o desenvolvimento motor, cognitivo e visual ocorrem, ao mesmo tempo.
Um levantamento realizado pelo Conselho de Oftalmologia Brasileiro (COB) revelou que mais de 250 mil crianças e jovens entre cinco e 15 anos estão com baixa visão ou dificuldade de enxergar no país.
Dessas doenças, a maior parte poderia ser prevenida ou tratada se identificadas nos primeiros anos de vida.
Diante disso, você pode estar se perguntando “mas quando devo levar meu filho ao oftalmologista?”
Essa e outras perguntas nós procuramos esclarecer neste artigo. Continue a leitura!
Teste do Olhinho: o que é, como é feito, quais doenças ele pode diagnosticar?
A primeira resposta para a questão “quando devo levar meu filho ao oftalmologista” é: para fazer o Teste do Olhinho.
O teste do olhinho ou teste do reflexo vermelho (TRV) é realizado logo nos primeiros dias de vida do recém-nascido.
Ele é capaz de detectar alterações que causam bloqueio no eixo visual, que quanto antes forem identificadas, maiores as chances de tratamento para um bom desenvolvimento da visão.
Este teste geralmente é realizado pelo pediatra ainda na maternidade, mas caso não seja possível, o indicado é realizá-lo em consulta durante a primeira semana de vida do bebê.
Trata-se de um exame bem rápido e indolor, feito através da projeção de uma luz nos olhos do recém-nascido.
Quando essa luz reflete a cor vermelha e simétrica indica que a visão do bebê está saudável.
Já no caso da luz refletida ser esbranquiçada ou assimétrica, o bebê deve obrigatoriamente passar pela avaliação de um oftalmologista pediátrico, para o teste do olhinho ampliado, para uma melhor investigação.
A avaliação por esse profissional consiste na visualização direta das estruturas oculares sendo mais sensível para identificar alterações.
Entre as alterações que podem ser identificadas neste teste do olhinho, algumas indicam doenças oculares como: glaucoma congênito, catarata congênita, retinoblastoma, entre outras patologias.
Se o exame indicar que está tudo bem com a visão do seu bebê, ainda pode ser realizado o teste do olhinho ampliado, mas sem caráter obrigatório.
Caso o exame esteja normal, basta seguir a orientação do oftalmologista pediátrico quanto ao período para repetir o exame e evitar problemas futuros.
Bebês e crianças: quando devo levar meu filho ao oftalmologista?
De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, além do teste do olhinho que deve ser realizado pelo menos três vezes ao ano, a primeira consulta oftalmológica completa pode ser realizada entre 6 meses e 1 ano de idade.
Importante ressaltar que essa recomendação considera bebês normais e sem qualquer fator de risco. Para bebês com qualquer alteração ou fator de risco para alterações oculares, a consulta deve ser realizada o quanto antes.
A partir da primeira consulta, o “quando devo levar meu filho ao oftalmologista” ficará a cargo do médico responsável. O oftalmologista pediátrico irá orientar a melhor frequência para cada paciente, que geralmente é de uma consulta anual, para identificar problemas de desenvolvimento e formação.
Outra fase que merece a atenção redobrada dos pais é quando se inicia o período escolar, uma vez que problemas de visão podem prejudicar a alfabetização da criança.
Mas, além das consultas de rotina, é preciso ficar atento ao comportamento e sintomas que o seu filho pode apresentar, já que dependendo da idade, a criança não consegue expor com clareza as suas dores e dificuldades.
Entre os sinais de alerta e sintomas que você deve observar, estão dores de cabeça, olhos vermelhos, coceira nos olhos, abandono de tarefas que exigem esforço da visão, dificuldade para ler, lacrimejamento excessivo, alta sensibilidade à luz, necessidade de assistir à televisão muito de perto, mau rendimento escolar etc.
Existem doenças e condições oculares que afetam mais as crianças?
Existem sim algumas doenças que são mais comuns em crianças. Mas a boa notícia é que se identificadas de forma precoce, as chances de eficácia de um tratamento são bem altas.
A seguir, separamos quatro das doenças mais comuns entre os pequenos:
Ametropia
Entre as doenças comuns na infância, está a ametropia, popularmente conhecida como erro de refração, ou seja, quando a imagem não é formada adequadamente na retina, gerando uma visão desfocada.
As ametropias são as doenças oculares mais comuns que conhecemos: a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia.
Estrabismo
Esta condição é muitas vezes fácil de se identificar, pois trata-se da perda do paralelismo dos eixos visuais, isto é, uma variação no posicionamento dos olhos.
No entanto, o estrabismo pode acontecer de forma muito sutil ou até mesmo intermitente, dificultando o diagnóstico para não profissionais e, mesmo assim, causar prejuízos visuais. A variação do posicionamento dos olhos pode ocorrer de forma horizontal, vertical ou torcional (giratória).
Nos primeiros seis meses de vida é esperado algum desalinhamento, já que os olhos ainda estão em desenvolvimento. Em casos de desalinhamentos fixos, pode existir algum problema e deve ser avaliado.
Ambliopia
Também conhecida como “olho preguiçoso”, este problema consiste no desenvolvimento inadequado da função visual do(s) olho(s) acometido(s) e pode ser irreversível se a causa não for tratada na infância.
Entre as causas de ambliopia estão: estrabismo, anisometropia (diferença muito grande entre o grau de cada olho), opacidades (como catarata, por exemplo).
Catarata Congênita
A catarata congênita é responsável por grande parte dos casos de cegueira na infância.
Ela pode ser identificada através de uma mancha na pupila, que significa a perda de transparência do cristalino, a “lente natural” dos nossos olhos. Muitas vezes essa alteração é bem sutil ou até microscópica sendo visível apenas através do exame oftalmológico.
Preciso levar meu filho a um especialista em oftalmopediatria?
Agora que já respondemos à pergunta sobre “quando devo levar meu filho ao oftalmologista”, surge outra questão: é necessário ele ser um oftalmopediatra?
Devemos nos preocupar com a saúde dos olhos das crianças da mesma forma que nos preocupamos com outras doenças.
Um oftalmopediatra é o profissional apto para identificar patologias e indicar os melhores cuidados e tratamentos para crianças e adolescentes.
Portanto, é extremamente importante fazer o acompanhamento do desenvolvimento visual do seu filho.
A Olhar Prime conta com especialistas em oftalmopediatria?
Sim, a Olhar Prime conta com especialistas em oftalmopediatria. Além disso, temos à disposição equipamentos de última geração para realizar exames, procedimentos e cirurgias que forem necessários.
Conte com uma equipe comprometida em cuidar da saúde do seu bem mais precioso, seus filhos.
Quando você pensar em “quando devo levar meu filho ao oftalmologista”, entre em contato conosco e marque uma avaliação!
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