Você costuma esfregar ou coçar os olhos com frequência?
Existem casos de doenças oculares na sua família?
Se você respondeu sim para essas perguntas, recomendamos a leitura desta lista que preparamos para você!
Nela, vamos abordar as principais perguntas e respostas sobre o ceratocone: doença multifatorial que afeta cerca de 150 mil pessoas por ano no Brasil.
Continue a leitura com a gente e descubra tudo sobre essa enfermidade que, se não tratada, pode comprometer a qualidade e a saúde da sua visão.
1. O que é ceratocone?
O ceratocone é uma doença que pode ser hereditária, bilateral e assimétrica dos olhos, caracterizada pela alteração progressiva da biomecânica da córnea.
Dessa forma, ele pode se manifestar nos dois olhos e de maneiras completamente distintas um do outro.
A córnea é uma camada fina e transparente em forma de cúpula, responsável pela proteção do globo ocular bem como pela entrada de luz e focalização da imagem.
A doença do ceratocone causa o afinamento contínuo da córnea, provocando a projeção irregular da curvatura frontal dos olhos e formando uma proeminência em forma de cone, daí seu nome.
Ela afeta, principalmente, crianças e jovens com idades entre dez e 25 anos.
Além disso, é frequente em pacientes com atopias (asma e eczema) e alergias oculares graves, bem como em portadores da Síndrome de Down, Síndrome de Marfan e Amaurose Congênita de Leber (ACL).
Esfregar e coçar os olhos é um dos principais fatores comportamentais associados ao desenvolvimento e agravamento da doença.
Caso você esteja vivendo essa realidade com frequência, procure a ajuda de um especialista para uma avaliação.
A Olhar Prime conta com uma equipe de médicos oftalmologistas experientes e qualificados prontos para cuidar de você!
2. Quais são seus principais sintomas?
Como falamos, o ceratocone é uma doença que afeta, principalmente, crianças e jovens, podendo progredir por um período de dez a 20 anos e, posteriormente, estabilizar.
As alterações na transparência e estrutura da córnea, provocadas pela doença, comprometem a qualidade da visão, levando à perda progressiva da capacidade visual.
Visão embaçada, borrada e distorcida, bem como o aumento do grau dos óculos e das lentes de contato são sintomas característicos iniciais do ceratocone.
Além disso, o paciente pode apresentar maior sensibilidade à luz (fotofobia), comprometimento da visão noturna, imagens fantasmas e surgimento de visão dupla (diplopia).
O ceratocone ainda pode causar dores de cabeça intensas e constantes devido ao maior esforço para enxergar.
Na forma mais grave, provoca o recuo da pálpebra inferior, devido ao crescimento do cone, e a perda aguda da visão, causada pelo extravasamento do líquido que preenche o globo ocular (hidropsia).
3. Existem fatores genéticos ou de risco?
Ainda não é possível determinar, com exatidão, o que causa o ceratocone, porém os médicos oftalmologistas acreditam que ele seja multifatorial.
Ou seja, fatores ambientais e comportamentais associados à predisposição genética contribuem diretamente para o surgimento e desenvolvimento da patologia.
Podemos listar como principais fatores de risco que podem gerar danos à córnea e colaborar para o surgimento do ceratocone:
- Alergias (asma e rinite);
- Esfregar ou coçar os olhos excessivamente;
- Alergias oculares;
- Lentes de contato rígidas mal adaptadas ao globo ocular por muito tempo;
- Diminuição no aporte de colágeno.
4. Como é realizado o tratamento de ceratocone?
Um diagnóstico precoce e o fato de não coçar os olhos podem evitar um quadro mais grave da doença, como a perda total da visão e a necessidade de um transplante de córnea, por exemplo.
No início, quando a deformação da córnea não é grave, o uso de óculos é uma medida corretiva eficaz para recuperar a acuidade visual.
Porém, com a evolução da patologia, os óculos dão lugar às lentes de contato capazes de se adequar à superfície anterior da córnea e corrigir o astigmatismo causado pela deformidade do tecido.
O crosslinking surge como poderosa alternativa no tratamento contra o ceratocone.
Ela promove o endurecimento das moléculas de colágeno da córnea, fortalecendo sua estrutura a fim de evitar a progressão da doença.
Primeiramente, é realizada uma raspagem da superfície da córnea para, posteriormente, ser aplicado um colírio à base de vitamina B (riboflavina) seguido de um feixe de luz ultravioleta para tornar a córnea mais rígida.
Esse procedimento é rápido, realizado sob anestesia local e sem a necessidade de internação.
Além do crosslinking, existe outra alternativa de tratamento do ceratocone: o implante do anel intracorneano.
Nessa intervenção cirúrgica uma prótese acrílica é inserida no meio da córnea a fim de regularizar a sua curvatura e promover uma melhora qualitativa na visão do paciente.
Já em casos mais graves, o paciente tem a capacidade visual totalmente comprometida e o transplante de córnea surge como a última e única opção.
5. Ceratocone tem cura?
O ceratocone não tem cura, mas a boa notícia é que, como mencionamos acima, ele pode ser tratado.
O diagnóstico da doença é feito através de um exame oftalmológico completo acrescido de um exame da topografia, paquimetria e, em alguns casos, tomografia da córnea.
Por meio da topografia corneana, é possível projetar o relevo e a curvatura da córnea que são fundamentais para auxiliar no diagnóstico da doença .
Portanto, a avaliação oftalmológica personalizada será primordial para determinar a progressão da doença e o grau de comprometimento da área afetada, além de nortear o tratamento.
6. Existe cirurgia para ceratocone?
A cirurgia para o transplante de córnea é indicada como última alternativa para o tratamento da doença.
Dessa forma, é importante tentar outras formas menos invasivas, mas também bastante eficazes.
Por isso, sempre faça um acompanhamento com um médico oftalmologista especializado que irá te ajudar e saberá orientar a melhor forma de tratamento.
Apesar do transplante de córnea ser indicado no tratamento de alguns casos de ceratocone, vale lembrar que a cirurgia não garante 100% de eficácia, afinal, existe o risco de rejeição da córnea transplantada e de falência tardia.
O transplante poderá ser refeito caso haja rejeição ou outro problema decorrente da córnea transplantada.
Atualmente, existe uma fila com mais de 53 mil pessoas à espera de um órgão ou tecido no Brasil, sendo mais de 19 mil somente para transplante de córnea.
7. Ceratocone pode levar à cegueira?
Sem um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, o ceratocone pode progredir e comprometer completamente a visão, tornando as atividades do dia a dia do paciente bastante difíceis.
Entretanto, ele pode ser controlado graças às alternativas de tratamentos existentes.
Com acompanhamento médico especializado, é possível retardar a progressão da doença e impedir a perda de visão.
O ceratocone raramente leva à cegueira, porém, pode causar baixa visão reversível.
As chances de reabilitação visual são altas e promissoras, principalmente, quando o tratamento é realizado na fase inicial da doença.
Portanto, fique de olho a qualquer sinal de desconforto ou sintoma na região ocular e procure um médico oftalmologista.
Lembre-se de realizar um check-up oftalmológico pelo menos uma vez ao ano para manter a sua qualidade visual e prevenir possíveis doenças.
A Olhar Prime é especializada no cuidado da saúde ocular e está há mais de seis anos oferecendo serviços de saúde oftalmológica com excelência, compromisso e responsabilidade.
Cuidamos da sua saúde com o carinho e a atenção que você merece.
Conheça tudo o que podemos fazer para ajudar você a cuidar melhor da sua visão.
0 comentários